segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

"decisões administrativas"

Um dos meus contos preferidos de Rubem Fonseca é A Confraria dos Espadas.
Começa com a escolha do nome da Confraria «da Boa Cama foi descartado por parecer uma associação de dorminhocos; Confraria dos Apreciadores da Beleza Feminina, além de muito longo, foi considerado reducionista e esteticista, não nos considerávamos estetas no sentido estrito, Picasso estava certo ao odiar o que denominava o jogo estético do olho e da mente manejado pelos connaisseurs que “apreciavam” a beleza e, afinal, o que era a “beleza”? Nossa confraria era de Fodedores e, como disse o poeta Whitman num poema correctamente intitulado A Woman Waits for Me, sexo contém tudo, corpos, almas, significados, provas, purezas, delicadezas, resultados, promulgações, canções, comandos, saúde, orgulho, mistério maternal, leite seminal, todas as esperanças, benefícios, doações e concessões, todas as paixões, belezas, delícias da terra»; adianta-se outra possibilidade: Confraria dos Mãos Itinerantes, proposta a partir do poema de John Donne - Seduction. License my roving hands, and let them go before, behind, between, above, below. Ficou Confraria dos Espadas - «o termo Espada como sinónimo de Fodedor veio do mundo marginal». E assim se cria uma Irmandade para defender «esse axioma absoluto» que «foder é viver». E qual é o objectivo desta Confraria? «descobrir como atingir, plenamente, o orgasmo sem ejaculação».
A história acaba mal. Adivinha-se. «E se a minha mulher, que eu amava tanto, pedisse, e ela poderia fazer isso a qualquer momento, que eu ejaculasse sobre os seus delicados seios alabastrinos?». Não pode. Uma vez dominado o segredo não há como voltar atrás. A cópula metafísica transforma os homens em seres «estranhos» às mulheres, porque (e deve ser por isto que eu gosto deste conto), «o exaurimento dele, macho, representava o fortalecimento dela, fêmea».
Hoje lembrei este conto, voltei a ele; também a propósito de decisões administrativas.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

alguém que diga ao "primeiro" para ver esta série


O que é que Hendrix e Flaubert têm em comum?

Nick Hornby: «O rock é como a literatura. Os jovens ouvem Jimi Hendrix como quem lê Flaubert» ; pelo sim pelo não, Hornby escreveu um An Education (sim, o filme, e também é dele a adaptação do guião que o faz candidato aos Oscares nessa categoria), sobre uma rapariga de 16 anos que gosta de música clássica e chanson francesa.

Eu sabia que devia estar preocupada. Os jovens cá de casa, nem Hendrix, nem Flaubert.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

o vinho e a pintura


pilhado ao Pedro, porque sim.

a serious man


Se não tivesse adormecido... penso que teria gostado do filme dos coen's. Mas adormeci e só me ficou esta musiqueta, e que bem que vai com o filme, assim, do pouco que me lembro.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

"hora da lixívia"

Há uns quantos anos trabalhei com o Mário Crespo na RTP, Jornal das Nove (o outo pivot era a Manuela Moura Guedes). Todas as tardes, a seguir à reunião de alinhamento, tínhamos a chamada "hora da lixívia" (leia-se: a hora da lascívia), uma piada à Crespo para uns quantos disparates de consumo interno.
Hoje, lembrei-me da "hora da lixívia" enquanto via um Mário Crespo patético a falar aos deputados e ao mundo, na Comissão de Ética do Parlamento. Só por esquecimento é que eu podia ter ficado surpreendida.

variações

«Sendo narrativa de acontecimentos, a história, por definição, não se repete e é somente história das variações».

De entre tudo o que ouvi e li neste dia, ficou-me uma ideia, de Rui Ramos, expressa no programa Roda Livre, da TVI24; a partir do legado de Sá Carneiro, «Um Governo, uma maioria, um Presidente», Ramos ajusta para: «Um Governo, uma maioria, um Presidente (!), um PGR e um governador do BdP».

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

e é com atitudes destas que se dá cabo de um jantar; lá porque és biólogo!

Pansexuality, or omnisexuality[1] is a sexual orientation, characterized by the potential for aesthetic attraction, romantic love, or sexual desire towards people, regardless of their gender identity or biological sex.

Homens, mulheres, cadeiras e máquinas de costura?!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Para o bem, para o mal e por amor de Deus


PORTRAIT OF A WOMAN

She must be a variety.
Change so that nothing will change.
It's easy, impossible, tough going, worth a shot.
Her eyes are, as required, deep, blue, gray,
dark merry, full of pointless tears.
She sleeps with him as if she's first in line or the only one on earth.
She'll bear him four children, no children, one.
Naive, but gives the best advice.
Weak, but takes on anything.
A screw loose and though as nails.
Curls up with Jasper or Ladies'Home Journal.
Can't figure out this bolt and builds a bridge.
Young, young as ever, still looking young.
Holds in her hand a baby sparrow with a broken wing,
her own money for some trip far away,
a meat cleaver, a compress, a glass of vodka.
Where's she running, isn't she exhausted.
Not a bit, a little, to death, it doesn't matter.
She must love him, or she's just plain stubborn.
For better, for worse, for heaven's sake

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

domingo, 7 de fevereiro de 2010

«cabeça arrefecida»

Admito que é muito desconcertante tudo o que por aí se passa, mas parece que encontrei um post esclarecedor (de pessoa esclarecida), este: A manipulação das chefias e redacções dos media não deve ser confundida com o problema da liberdade de expressão. A manipulação parece ter existido, sobretudo feita por arrivistas ( mais ou menos jovens) desejosos de mostrar serviço. A entourage de Sócrates não fez mais do que fizeram Miterrand, Berlusconi, ou Cavaco, no seu tempo ( lembro-me muito bem como era a RTP, A Capital e o DN ( esse é uma vocação).
Essa manipulação acaba por provocar baixas? Claro, se não não era manipulação. Acontece que a liberdade de expressão é um assunto infintamente mais sério e excêntrico às possibilidades manipulativas da actual órbita governamental. Quem se se interessa pelo assunto, e o estuda, sabe que é um disparate falar de ausência de isegoria em Portugal. E é um desrespeito miserável pela memória daqueles que, de facto, a sofreram no passado.
A liberdade de expressão não se esgota no ego de um jornalista ou na caneta de um comentador. Envolve um vastíssimo sub-conjunto de liberdades e, por isso, sempre que foi cerceada, implicou um aparelho político global. Orgãos inteiros, partidos, sindicatos, universidades, todos foram silenciados em experiências do passado ( para falar só do passado).
É conveniente manter a cabeça arrefecida.

domingo, 31 de janeiro de 2010

e quando encontrar o video, volto aqui

I don't know what to say...

I could say I want you,
That would be a bore
Maybe in a font you
Haven't seen before
I could say I'll haunt you
Till your dying day
I could tease and taunt you,
But what would I say?

See, I don't know what to say...

I could say I crave you
Still, you little brat
I could rant and rave, you
Know I can do that
I could say I gave you
Everything I have
I could say I'll save you
You might think me mad

So I don't know what to say...

I could try and lead you
Down the garden path
I could say I'll feed you
You can do the math
I could say I need you
Offer you a ring
I'll be guaranteed you
Don't believe a thing...

I could try and shove you
Off the nearest cliff
I could say I lo...

(the magnetic fields, realism)

gynocide

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010


Espanta-me, em verdade, o que fizemos, tu e eu
Até nos amarmos? Não estariamos ainda criados,
E, infantilmente, sorvíamos rústicos prazeres?
Ou ressonávamos na cova dos Sete Santos Adormecidos?
Assim era. Salvo este, todos os prazeres são fantasia.
Se alguma vez beleza eu de facto vi,
desejei e obtive, não foi se não um sonho de ti
Poemas Eróticos, John Donne

domingo, 24 de janeiro de 2010

"Um barqueiro aguarda passageiros para atravessar as águas tempestuosas de um rio. Um filosófo que deseja chegar à outra margem entra no barco. Segue-se o seguinte diálogo:
Filosófo: Sabes alguma coisa de história, barqueiro?
Barqueiro: Não!
Filosófo: Quer dizer, então, que desperdiçaste metade da tua vida!... Estudaste matemática?
Barqueiro: Não!
Filosófo: Então desperdiçaste mais de metade da tua vida.
Mal o filósofo tinha acabado de dizer estas palavras, uma onda virou o barco e eles foram parar dentro de água. O barqueiro grita então ao filósofo, «Sabes nadar?»
Filósofo: Não!
Barqueiro: Então desperdiçaste toda a vida."

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

I marshmallowed



Like historians, we are unmistakably on the side of what had actually happened.

domingo, 17 de janeiro de 2010

journal for plague lovers



Estes rapazes tem jeito para os títulos e para as canções. Bastante jeito mesmo, eu diria.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010


Um dia destes ainda levo alguém a sério, hoje não, um dia destes...

Fazemos mal em acariciar uma rapariga de que não gostamos, é o cúmulo da imoralidade

ponto G


No Público de hoje, na última página, no espaço que aguarda o regresso de Rui Tavares, em Fevereiro, lê-se sobre a disputa científica entre ingleses e italianos acerca da existência ou não da pequena região erógena conhecida por ponto G. Com a discussão a este nível, abstenho de qualquer comentário e quanto a argumentos, que má ideia seria. Mas, fracamente, não estou assim tão interessada em saber se é "verdade ou mentira", agrada-me a ideia da verdade da mentira.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

a ilha


"Antes de voltar a ver à luz, por cima da gaiola, o rosto consumido do pai, experimentara uma sensação de terror nas raízes, como uma planta jovem que descobrisse uma infecção mortal nas próprias raízes. Naquela suspensão do tempo, alheia às circunstâncias, vivera com horror, uma lúcida paralisação de todo o seu ser, a morte; vira no ecrã uma parte de si próprio."

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

un prophète


Jacques Audiard (entrevista V.C., na ípsilon): Porque há uma característica no herói grego que, vista hoje por um ocidental numa sociedade liberal, é quase inaceitável. Essa característica é a completa adaptabilidade do herói. Que se faz com mentiras, artimanhas, sinceridade e virtude. (...) A personagem do filme, Malik, é um herói assim: um herói ambíguo, se o olharmos a partir de hoje. Feito de virtudes e de vícios, mas isso é a própria vida. Em certos momentos ele tem que dar provas de virtude, noutros tem de ser vicioso. A sua vida depende disso.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Vou correr o risco



Do I dare
Disturb the universe?
In a minute there is time
For decisions and revisions which a minute
[will reverse.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009



"Being a woman is a terribly difficult task since it consists principally in dealing with men."

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

"a verdade que torna os homens livres é, na maioria dos casos, a verdade que os homens preferem não ouvir"

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

objectos de culto


Se sou parecida com a minha mãe? Não. Ela é loura, olhos claros e pele branca. Eu sou morena, olhos castanhos e pele morena. Mas tal como à minha mãe, falta-me sempre qualquer coisa. Penso que durante anos ela foi resolvendo essa inquietação comprando "tupperwares". Todas as semanas apareciam lá em casa caixas novas. E pensando bem, são fantásticas as "tupperwares", na qualidade, no design, no conceito de venda, em tudo. Fantásticas.
A minha mãe continua a comprar "tupperwares", agora para mim. E eu adoro estas caixas.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009



"- Tem uma ideia do número de mulheres que conheceu?
- Não quero ser muito explícito sobres essas questões, por um lado porque é um assunto privado, e por outro porque o número não é por si mesmo significativo: há relações sexuais sem consequências, e amores platónicos que podem marcar-nos para a vida. Aconteceu-me também um encontro ter sido tão importante no plano intelectual que a pessoa com quem eu estava e eu próprio descurámos o plano físico, ou até nos sentíamos de acordo, mas estávamos cansados, ou as circunstâncias não eram propícias: há toda uma quantidade de situações importantes que as estatísticas desse género não contemplam.
E de facto, sou sobretudo, monogâmico: raramente mantive várias relações em simultâneo. Quando me interesso por uma mulher, não me interesso pelas outras, mas evidentemente a ligação pode durar de algumas horas a vários anos. Não peço nada de idêntico à mulher, mas gosto que durante o tempo da nossa relação ela procure também ser monogâmica."
Hugo Pratt à conversa com Dominique Petitfaux ("O desejo de ser inútil"). Dito assim tudo parece tão simples, quase óbvio, quase fácil. Mas não é, pois não?

segunda-feira, 15 de junho de 2009

sopa & sexo


voltei a uma demência sazonal: as dietas. Desta vez é só sopa e fruta a partir do almoço. Aparentemente não tem nada a ver, mas lembrei-me de uma das últimas crónicas do MEC, no Público..."Aconteceu com a sopa o que aconteceu com a sexualidade: cada um tem a que tiver."

domingo, 12 de abril de 2009

o que nos pode cair de um livro

arrumava os livros e de um, de Fátima Bonifácio, A Segunda Ascensão e Queda de Costa Cabral 1847-1851, caiu um papel, uma folha A4 dobrada... comecei a ler... Fiz a mala uma data de vezes, fui à net mas acabei por não escrever-te, dobrei a toalha de praia (ainda por usar, ena!), houve um jogo de futebol, insultei as senhoras das lavandaria do hotel, (...) "à espera que a imagem se desvanecesse, à espera que o retrato se desfizesse com a chuva...", lembrei-me do teu rabo, do teu corpo pornográfico - todo - e das coisas que faria com ele, estendido sobre a cama larga, de braços e pernas abertas, ligeiramente levantadas, a boca aberta, os olhos fechados, os bicos das maminhas húmidos, uma bebida fresca a escorrer, as mamas molhadas. Acho melhor parar.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Hoje, quando abri o outlook, tinha este email:
Parabéns!
O Pedro e a Ana conheceram-se através do Meetic. Aquilo que começou por ser uma amizade baseada num conjunto de afinidades e interesses comuns evoluiu rapidamente para algo mais sério. Após um ano de relação, em que aprofundaram o conhecimento mútuo e os sentimentos, decidiram dar um passo de gigante e estão de casamento marcado para Agosto. Parabéns aos pombinhos!

sexta-feira, 20 de março de 2009

dom sobrinho



É um "homem tranquilíssimo", que a jornalista descreve como "pequenino e orgulhosamente teimoso" e que diz coisas como: "Hitler queria eliminar o povo judaico e dizem que ele chegou a matar 6 milhões de judeus. Por que nós vamos ficar em silêncio quando estão acontecendo 50 milhões de aborto no mundo?". É impossível ficar indiferente quando lemos coisas como esta. Mas entretanto, este "homem tranquilíssimo", tem à sua volta "cinco pessoas - um advogado, uma psicóloga, um médico e sua mulher, e um vigário" para lhe darem apoio, porque ele cumpriu a lei da Igreja - o cânone 1398, do Código do Direito Canónico.
A entrevista da Veja ao Bispo é imperdível e incrível. Não sei o que me chocou mais, provavelmente tudo, até aquela parte em que a jornalista lhe pergunta: "Qual é o nome dela?" e o Bispo responde: "A menina... como se chama?"

terça-feira, 17 de março de 2009

Acho que nunca deixaremos de ser amigos. De forma estranha. Provavelmente distante. Saudades do que (no passado) sentimos pelos outros é uma noção muito presente e verdadeira. Não só contigo ou connosco, mas com quase todos. Por isso nunca se consegue regressar ao Passado, quando procuramos replicar, em vão, idas sensações.

domingo, 15 de março de 2009

o homem das nossas vidas


Há uns tempos, à conversa com amigos, lembro-me de ter dito que o Clint Eastwood é o homem com quem gostava de me casar. Recentemente, João Pereira Coutinho, na TVI24, no A Torto e a Direito, disse exactamente o mesmo. Pelos vistos, homem mais consensual não há. Não vi A Troca, não quis. E se não sei explicar porque não quis ver o filme de Eastwood com Angelina, agora não sei dizer porque gostei tanto de Gran Torino. Mas confirmo: o Clint Eastwood é o homem com quem gostava de me casar. E ele canta, senhores! Ele até sabe cantar!

terça-feira, 3 de março de 2009

happy-go-lucky


Ainda estou hesitante, hum... mas acho sim, que gostei de filme de Mike Leigh, mesmo que a ideia do always look at the bright side of life também me irrite um bocadinho, e a Poppy & companhia?! Nunca tinha visto mulheres tão mal vestidas num filme! Nem de propósito.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

a masterpiece de braga



A ignorância é sempre desconcertante, certo! Agora... podem parar de repetir... repetir... repetir...(repetir!). Acho que estão todos bem intencionados, mas que excitação!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ss


Woman's orgasm is deeper than the man's. "Everybody knows that". (...) Some men never have an orgasm; they ejaculate numb.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

debra winger is back


Debra Winger, in a few quietly incandescent scenes as their mother, briefly lifts the movie onto another plane altogether, somehow combining movie-star charisma with an almost heartbreaking restraint and giving us a taste of what weve been missing in the years of her semi-retirement. Foi mais ou menos isto o que me ficou do filme Rachael Getting Married que deu a nomeação a Anne Hathaway para a categoria de melhor actriz aos Oscares de 2009 e a mim, quando vi o filme, alguma irritação. Estive vai não vai para sair da sala, mas não liguem, sou só eu que sou muito impaciente. Um filme sobre uma família disfuncional numa América multicultural com samba e tudo na festa de casamento de uma família do Connecticut... foi demais para mim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

madonna observa jesus




Um dia destes, surpreendida com mais uma rasteira, perguntava eu: mas afinal em quem é que podemos confiar? Responderam-me: Confiar?! Nem na nossa barriga que às vezes nos dói. E passou-me pela cabeça que nunca mais voltarei a dizer que me sinto desiludida, decepcionada ou traída por este ou por aquele. Acabou! Estou farta de fazer ajustes de contas comigo mesma.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

ss



I believe (too). That the only difference between human beings is intelligence.

(Reborn, Susan Sontag)

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

barbie in charge


Mattel celebrates 50th anniversary of Barbie with version modelled on German chancellor
Vamos lá meninas e meninos, toca a vestir, despir e despentear a senhora merkel!

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Não sei. Mas não devemos censurá-lo muito. Ele está agora a sentir-se muito infeliz, pode ter a certeza, e amanhã ainda vai sentir-se pior.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

plot, subplot, linha de história


Já em Portugal, as capas, é sobre a telenovela: "A Carta". Argumento escrito por cá, em 2005, de autor anónimo, mandado para Inglaterra para lhe dar patine internacional, e reimportado em episódios. Como veio com a chancela Serious Fraud Office (SFD), que tomamos por departamento da BBC, é um sucesso. Desde aí, o País está suspenso como só esteve há muito, quando apareceu a "Gabriela". A questão que atravessa o País é: "ele" está mesmo metido? O nosso nível de julgamento foi moldado por Tonico Bastos. Desde essa primeira telenovela, continuamos gente simples.

(O GAJO ESTÁ MESMO METIDO, NÃO ESTÁ? Ferreira Fernandes, no DN)

O que é que eu posso dizer? Sou sensível a este género de argumentos.

revolutionary road



Gostei da casa, das cadeiras, dos sofás, dos fatos, dos chapéus e do escritório da Knox; de John Givings (Michael Shannon), da mãe e da expressão do pai, no plano final, enquanto desliga o som do aparelho auditivo. Não gostei do filme.

Entretanto, li por aí que "o filme possui o génio, a arte e a paciência para retomar a nobre tradição do melodrama clássico de Hollywood" (Eurico de Barros, no DN), na verdade, durante o filme, meio distraída e já aborrecida, lembrei-me de Gata em Telhado de Zinco Quente... esqueçam, Revolutionary Road fica a milhas.

sábado, 31 de janeiro de 2009

lachapelle


Esta é para ti, talvez tenhas razão.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

please call me, baby

American say:
"We have Barak Obama, Stevie Wonder, Bob Hope and Johnny Cash."
Portuguese answer:
"We have José Sócrates, no Wonder, no Hope and no Cash."
De gosto extravagante, caprichoso mesmo. Bastante alegre. Isto quanto à moral. Quanto ao resto, uma vida calma, sem percalços, sem grandes acontecimentos. Nenhum sonho, um bom marido, nenhuma ambição. Em suma, numa palavra, burguesa, burguesa, burguesa. Que tal?

(Adrienne Mesurat, Julien Green, Novo Século Editora, S. Paulo)

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

será minhota?


ao melhor post segue o melhor comentário: andas enrolada com o maradona?

how do you deal with it



Hum... só vejo gente agitada à minha volta, gente que me baralha e me deixa muito confusa, ok, 14 de Março de 2002, ZPE, Declaração de Impacto Ambiente, Smith&Pedro, tio, primos e sobrinho, dinheiros que se perderam de lá para cá, acho que sim, que faço uma ideia do que é que estão a falar, e também acho que sim, que o PM está a ficar muito irritado, visivelmente irritado (é assim que escrevemos em telenovela) e que um dia destes se demite e temos eleições antecipadas, é essa a ideia?

Antonio Nogueira Leite, no Facebook... hopes, one way or another, the Freeportgate is solved asap. Hum,hum...

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

let's get lost... os intelectuais


Depois de ter lido isto e isto e outras coisas que se escreverem sobre o livro de Paul Johnson, Os Intelectuais (e sem grande preocupação em perceber porquê), veio-me à ideia Let's Get Lost, o documentário do Bruce Weber sobre o "lendário trompetista". O documentário tem anos - Weber estava em fase de montagem quando Baker se atirou de uma janela - mas só o vi no último Doc, em Outubro. Lembro-mo dos que saíram da sala completamente arrasados e de alguém que disse "se soubesse que era isto que ia ver, não teria vindo, um músico genial mas um grandessíssimo filho da mãe!".

damien jurado, sheets

enrique sánchez flores


... veio confirmar o que eu já sabia: tenho o péssimo habito de gostar do homem errado. (sim, sim, é um tremendo cliché, dizem todas o mesmo, mas tem de haver uma explicação para os maus resultados do Benfica). Na minha impaciência estou incapaz de esperar até Junho, acabou!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

uma questão de pele


No Público de hoje, na P2, um artigo sobre a "pouca cor no topo das empresas". Começou a demência.

anatomia de grey, às quintas e depois repete

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

f. bacon



Francis Bacon
3 February - 19 April 2009 Curator: Chris Stephens and Matthew Gale of Tate Britain; Gary Tinterow and Anne L. Strauss of the Metropolitan Museum of Art, and Manuela Mena of Museo Nacional del Prado.Organized by Tate Britain and the Metropolitan Museum of Art, with the collaboration of Museo Nacional Prado

Vamos lá.
No sábado... depois do jantar, à conversa com r., o que é que a idade nos traz? Tolerância e coragem. Coragem? Sim, temos menos a perder... e o que é que nos tira? Capacidade física e tesão! Vamos perdendo a tesão.

"pirotecnia oral"



Equadogue a ler. Eu sei que não devia achar graça (e ainda estou na dúvida se a referência a Olhos nos Olhos é mesmo a sério), mas achei, e muita. Por favor, leiam!

clube de leitura (ii)



o PPM acabou de criar o Clube Agustina Bessa-Luís.

clube de leitura



Gwyneth Paltrow has set up a 'Hollywood book club' with members including Madonna and the model Christy Turlington. Acabei de lançar o desafio às minhas amigas no Facebook. Quando se trata de ler com "voracidade" e "paixão", podem contar connosco!

domingo, 25 de janeiro de 2009

rebecca hall


huummm...

ana claudia elsa



Bem mais do que doze minutos para falar de um "tema intenso" como o amor, sem acrescentar grande coisa (seria essa a ideia?). Escreve-se e reescrever-se e vai tudo dar ao mesmo - mesmo quando temos a johansson e a cruz a trocarem carícias e beijos. Hoje, no cinema, cheguei a pensar que com aqueles diálogos quase que podia estar a assistir a uma telenovela, ou a uma série, vá lá. Bom, valeu pela companhia e por descobrir que a irritante Penelope Cruz de Vanilla Sky ou Sahara, neste filme, está louca, doida varrida... fantástica!
Contudo, à força de encontrar em cada canto a "Introdução à Psicanálise", e seguindo o conselho de dois ou três colegas empolgados, resolvi lançar os olhos sobre o alentado volume. O que esperava encontrar? Sem dúvida coisas proibidas, tudo aquilo que os antigos manuais classificam como indecências. Minha decepção foi enorme. Não compreendia o que entusiasmava tantos os estudantes naquelas páginas de leitura árida. O que havia naquelas crianças complicadas e repugnantes, naqueles bebés imundos, para despertar tanto interesse? As nurseries transformavam-se em antros de orgia onde triunfava o urinol. Tudo se resumia em paixões incestuosas pela mãe e desejos imperiosos de matar o pai. Graças a Deus, nada disso se aplicava à minha pessoa, e conferi a mim mesmo uma grande menção de louvor. Para mim, o que valia era a muralha sólida da Igreja envolvendo minha preciosa pessoa e protegendo-me de todas as imundícies do mundo.
E continuei sozinho, orgulhoso e incompreendido.

(Adrienne Mesurat, Julien Green, Novo Século Editora, S. Paulo)

a maya e o vasco



... o que é que estas duas criaturas tem em comum? Nada!

A Maya mostra ao mundo as maminhas recém-intervencionadas por Emílio Valls, cirurgião plástico. "Fiquei com um peito lindo", garantiu ao Correio da Manhã. Já primeiro-ministro, escreve o mesmo jornal, avisa primo e afasta-se da família, visivelmente incomodado com o que eles andam para aí a dizer e começa a achar "abusivo" que lhe façam perguntas sobre o tema (Freeport).
VdA, que lidera uma das maiores sociedades de advogados do país, alvo das buscas da polícia na passada quinta-feira, não presta declarações. E faz muito bem. Temos o tio, o primo, o sobrinho e a maminhas novas da Maya para nos entretermos.

sábado, 24 de janeiro de 2009

i remember, devendra banhart

Isto hoje está assim, espero que passe.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

carolina kennedy


Carolina Kennedy desiste da nomeação para o Senado. Por razões pessoais, para manter em privado aquilo que só a ela diz respeito.

rachida dati



Ministra francesa da Justiça vai apresentar demissão.
A primeira ministra francesa de origem magrebina vai abandonar o cargo depois de meses de rumores sobre a sua vida privada e algumas semanas após dar à luz e regressar ao trabalho cinco dias depois. Dati deverá agora concorrer ao Parlamento Europeu.

Sem surpresa...

o'connor

A religião do Sul é uma religião autodidacta, algo que eu, como católica, considero doloroso e comovente e horrivelmente cómico. Está cheia de um orgulho inconsciente que os prende a todo o género de ridículos preceitos religiosos. Não têm nada que corrija as suas virtuais heresias e, por isso, eles resolvem-nas de forma dramática. Se isto, para mim, fosse apenas divertido, não teria interesse - mas eu perfilho as mesmas doutrinas fundamentais de pecado, redenção e juízo que eles. (na Introdução de O Mundo é dos Violentos, de Flannery O'Connor)
A edição que tenho cá em casa tem anos, é da Fragmentos, o número 5 de uma colecção onde se publicou Pynchon (O Leilão do Lote 49 e V), Barthelme, Hawkes, Bellow e Martin Amis. E isto vem a propósito do quê? Por agora, e aparentemente, de nada... não me lembro do livros que li.

livraria da travessa


Alguém escreveu que os melhores guias de viagens ainda são os livros. Tomei a indicação como um conselho para a vida. As minhas viagens não obedecem as instruções, quanto muito a algumas sugestões, onde se come bem, por exemplo. Em Madrid, entre jornais e revistas, li as "dicas" de uma daquelas aristocratas giras que aparecem na Hola, no restaurante cubano que ela recomendava comi o melhor pudim flan da minha vida, depois de um farto prato de moros y cristianos. Mas passemos à Travessa, a livraria, no Rio de Janeiro. Começo pela que fica na Visconde de Pirajá. Em Lisboa, pediram para tentar encontrar e trazer a Liberdade de Imprensa, do Marx. Encontrei e trouxe e isso também foi o pretexto para uma conversa com o empregado da livraria que me falou dos livros de Miguel Sousa Tavares e José Luís Peixoto, vendem bem no Brasil, ao que parece, de José Saramago, estava a ler A Viagem do Elefante e que estava a gostar muito. Confesso que me senti culpada, uma estupidez, eu sei, mas de repente era como se estivesse em falta porque não li o livro. Tentei dar a volta à situação (mas qual situação?) e lá lhe disse que um dos meus escritores preferidos era um brasileiro, nessa altura ele respondeu-me que o dele era um português, o Lobo Antunes, e durante uns bons cinco minutos - mais do que o suficiente, explicou-me porquê. Sem se aperceber, aquele homem só me dava socos no estômago. Ele sabia dos livros. Falava com paixão e entusiasmo dos autores. Passou-me pela cabeça que dificilmente encontraria, em Lisboa, um empregado de uma livraria como aquele (também já me falaram do Pedro Vieira, mas não o conheço). Fui ainda a outras lojas da Livraria da Travessa, no Shopping Leblon e na Travessa do Ouvidor, no Centro, e em todas elas encontrei empregados atentos, disponíveis e que sabem falar de livros e de escritores.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

césar



Clip: João César Monteiro depois da estreia do filme Branca de Neve. Ao menos o cineasta era intelectualmente honesto. (no Portugal do Pequeninos). Trouxe o clip para aqui porque me lembrei de outras coisas, outras conversas. Não sei se o César era intelectualmente honesto, não me sinto à vontade para considerações tão definitivas. Durante anos hesitei, não sabia o que pensar, fascinada e incomodada com aquela figura quase desagradável, mas quando recordamos os seus filmes, genial ou notável é o que nos sai da boca.

aleixo



Ao jantar enterramos os Gatos, celebramos os Contemporâneos e eles divertiram-se muito com o Aleixo. Todos gostam e deliram com o Aleixo. Não consigo gostar do Aleixo, disse eu, então é melhor ires ao psiquiatra, disseram eles.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

l.freud



Como quando perguntamos "mas o que é que está de facto mal? onde?" e obtemos a resposta: "muitas coisas! está tudo mal!" E pronto. Já não se consegue fazer nada dali.
Antes, tinha saudades tuas. Agora, tenho saudades do que sentia por ti.

o marido da michelle



Obama manda suspender julgamentos em Guantánamo. Como sou uma daquelas criaturas patéticas que ontem se emocionou com a tomada de posse do primeiro presidente afro-americano, hoje, estou agradada com esta noticia. É a primeira medida tomada por Barack Obama.

mup

Os professores vão pedir a Cavaco que dissolva a AR e "salve o ensino". Numa avalição atenta chegaríamos à conclusão, como diria a Blanco, que estes professores ficaram a 3 dedinhos da trissomia.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

now repeat with mr.jones


a miúda é gira!

como se elas fossem...reais.



A mulher é um fenómeno estranho, para não dizer terrível, aos olhos do homem. Quando a alma inconsciente da mulher se retrai por via da sua união criativa com o homem, torna-se uma força destrutiva. Exerce... uma influência destrutiva que não se vê. A mulher (como acontece com Ligeia) envia ondas de destruição silenciosas que se abatem sobre o espírito titubeante dos homens...Ela não em consciência disso. Ela não o consegue evitar. Mas a verdade é que o faz. Tem o demónio no corpo...
Uma mulher pode usar o seu sexo num acto de pura malevolência e puro veneno, ao mesmo tempo que se mostra submissa, bondosa e muito bem-comportada...

Nathaniel Hawthorne and The Scarlett Letter», A Fé de um Escritor, Joyce Carol Oates)

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

michelle



Antes, as mulheres de 40 anos queriam se vestir como as de 20; hoje são as quarentonas que inspiram as mais jovens. Ocorre justamente o oposto do que se via no passado. A verdade é que muitas mulheres estão chegando aos 50 anos enxutas e esplendorosas. É lógico, portanto, que, quando sabem o que usar e como usar, inspirem todas as outras.

(Narciso Rodriguez, entrevista à Veja, 7 de Jan.09)

com 1 100 palestinianos mortos

Anunciamos ao nosso povo o sacrifício de 48 combatentes do Qassam”, declarou em conferência de imprensa em Gaza Abou Oubeida, porta-voz do braço militar do Hamas, as brigadas Ezzedine Al-Qassam.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Ele (Saramago) tinha sempre um olhar de quem estava a sofrer. Era um olhar que seduzia (os homens sabem muita coisa e as mulheres ficam fraquinhas diante daquele olhar triste). Em inglês até há uma expressão muito engraçada para esse olhar: pleading eyes.

(Isabel da Nóbrega, entrevista à Tabu, 17.01.09)
Reino Unido: Milionário condenado a dois anos de prisão por roubar páginas de livros antigos

Londres, 17 Jan (Lusa) - Um milionário de origem iraniana foi condenado a dois anos de prisão por roubar páginas de livros antigos de duas das mais prestigiadas bibliotecas públicas do mundo: a Biblioteca Britânica, de Londres, e a Bodleian, de Oxford.
Farhad Hakimzadeh, de 60 anos, empresário com passaporte norte-americano que estudou na Universidade de Harvard e dirigiu a Heritage Foundation, foi condenado sexta-feira por um tribunal londrino pela "mutilação intencional" e subtracção de páginas de numerosos livros.
Ele mesmo autor de várias obras sobre os viajantes europeus pela Mesopotâmia, Pérsia e Império Mogol nos séculos XVI e XVII e proprietário de uma valiosíssima colecção de livros de viagens, Hakimzadeh valia-se de um bisturi para cortar e levar para a sua casa de Londres as páginas que lhe interessavam.
Apesar das câmaras de circuito fechado de televisão e do pessoal de segurança que vigia as salas de leitura da Biblioteca Britânica, a instituição não suspeitava do assíduo visitante, até que, em Junho de 2006, um leitor alertou que faltavam páginas a um livro de Thomas Herbert datado de 1626.
Segundo os especialistas que se ocuparam do caso, Hakimzadeh danificou cerca de 150 livros das duas bibliotecas citadas.
Kristian Jensen, director das colecções da British Library, disse, durante o julgamento: "Estou muito incomodado, porque alguém que é extremamente rico estragou algo que pertence a toda a gente, destruiu de forma egoísta para benefício próprio algo em que este país investiu e de que cuidou, geração após geração".

(Lusa)
Entrada
salada de cenoura com tangerina
Prato Principal
porco assado com molho de mostarda
batata à padeiro
ou
fusilli com espargos e queijo da ilha
Sobremesa
mousse de manga

Antes da Chegada
sanduíche de fiambre e queijo
salada verde com rúcula
abacaxi
barra de cereais
chá-café

Assim até parece que é bom – menu do voo TP176, de/from Rio de Janeiro para/to Lisbon. Fui várias vezes a Paris e nunca subi à Torre Eiffel. Fui a Veneza e não andei de gôndola. E não acho o Rio de Janeiro uma cidade maravilhosa! Em plena Avenida Atlântica, dei por mim a pensar na Charles Bridge, em Praga, na música, noutros sons e no frio. Mas, agora, tenho algo em comum com os ilustres que se seguem: Santos Dumont, Igor Stravinsky, Stefan Zweig, Henry Fonda, Errol Flynn, Walt Disney, Bing Crosby, Orson Welles, John Wayne, Ava Gardner, Leonard Bernstein, Einsenhower, Vincent Minelli, Gene Kelly, Roman Polanski, Alain Delon, Príncipe Charles, Henry Kissinger, Franco Zefirelli, Jacques Costeau, Richard Gere, Mick Jagger, Jerry Hall, Sting, Ben Kingsley, George Michael, Lady Diana, Winnie e Nelson Mandela, Roger Moore, Michael Schumacher, Francis Ford Coppola, Robert de Niro, Calvin Klein, Susan Sontag, Peter Greenway, Stephen Frears, Brian de Palma, Mickey Rourke, Michelangelo Antonioni, Liza Minelli, Jean Claude van Damme, Patrick Swayze, Givenchy, Oscar de la Renta, Anne Rice, Mathew Modine, Bill e Hillary Clinton, Pierce Brosnan, Claudia Schiffer, Catherine Zeta-Jones, Jean Paul Gaultier, Anthony Quin, José Saramago, Ricky Martin, Anthony Hopkins, Gisele Bundchen, Philip Starck, Valentino, Lenny Kravitz, Tom Wolfe e Carmem Miranda, Jude Law e Madonna, também eu estive no Copacabana Palace (bom, confesso, almocei lá, no restaurante junto à piscina, no primeiro dia de 2009).
ELE
Você está a atravessar a linha de sombra do Conrad, primeiro da infância para a maturidade, depois da maturidade para outra coisa.
ELA
Para a insanidade. Estou aí daqui a pouco.

ELA
(Rindo) Acho que já coleccionei homens e eles já me coleccionaram a mim.
ELE
Você só tem trinta anos. Já coleccionou muitos homens?
ELA
Não sei quantos são muitos. (Ri de novo.)

sábado, 17 de janeiro de 2009

Ou de repente, não mais que de repente... é lindo!
«A religião!», exclamou Kliman. «Porque é que eles não confiam na bola de cristal para saber a verdade? Suponhamos que se vinha a concluir que afinal a evolução era um disparate, suponhamos que Darwin era mesmo louco. Haverá loucura maior do que a explicação do Génesis para as origens do homem? Isto é gente que não acredita no conhecimento. Não acreditam no conhecimento exactamente como eu não acredito na fé. Dá-me vontade de ir para a rua», disse-me Kliman, «e fazer um longo discurso.»
«Não ia adiantar», disse-lhe eu.
«O senhor tem mais experiência do que eu: o que é que adianta?»
«A solução dos senis: esquecer.»
«O senhor não é senil», disse Kliman.
«Mas esqueci.»
«Tudo?», perguntou ele, dando-me uma pista de uma possível relação que talvez tentasse estabelecer e explorar: o homem jovem que pede um conselho sábio ao homem mais velho.
«Absolutamente tudo», respondi eu com sinceridade - e como se tivesse mordido o isco.

(O Fantasma Sai de Cena, Philip Roth)
José abriu os braços, num gesto de desamparo, de claro significado: na vida, como nos sonhos, há muita coisa que a gente nunca chega a entender.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Quando sentimos a falta da Júlia Pinheiro.

Caos Calmo



Foi o primeiro filme que vi este ano. Gostei, gostei muito. E também acho que sim, que tutto il film rischia di essere travolto da una scena, una sola, un rapporto all' Ultimo tango. Sodomia.

E aí, pequeno dilema: qual das duas mãos? Ambas naturalmente, eram candidatas à missão, ambas fremiam, impacientes. Mas resolvi ser justo. Num mundo de destros, a mão direita é, em geral, prestigiada; a esquerda, humilde, e não raro desajeitada, sempre teve poucas oportunidades. Resolvi conceder-lhe aquela chance. (...) Tratei, contudo, de convencer a mim mesmo de que me moviam, única e exclusivamente, bons sentimentos: generosidade, solidariedade com os marginalizados, com os excluídos, categoria na qual eu enquadrava a mão esquerda. Todos têm o direito ao prazer e todos têm o direito de se transformar em instrumento de prazer, foi o que pensei.

ii. (Manual da Paixão Solitária, Moacyr Scliar)
Só que, constatei ao me levantar, não era mais Tamar que estava ali. Resultado dos meus espasmódicos, brutais movimentos, a pobre tinha sido completamente destruída, voltara a ser uma massa informe de barro. Como muitos outros, na história da humanidade, eu destruíra o objecto da minha paixão.

(Manual da Paixão Solitária, Moacyr Scliar)